15 de março de 2011

O sonho da eternidade, a ardente esperança..

'Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;
Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.
Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.
Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.
Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor
(Porque andamos por fé, e não por vista).
Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.'
( II Coríntios 5:1-8 )


Ouvi Deus falar, de maneira tão clara enquanto orava: "Não se acomode com o conforto do templo".
Logo pensei no comodismo e na zona de conforto que entramos quando nos acomodamos nas nossas cadeirinhas na igreja, achando que a obra de Deus e o evangelho se limitam àquelas quatro paredes ao nosso redor. Quando abri a bíblia, vi que também me acomodava com o templo que eu sou. Fomos feitos moradas do Senhor, mas às vezes nos esquecemos que ainda não somos morada perfeita, e que necessitamos ansiar pela morada celestial na qual um dia seremos transformados. Morada feita por Deus. Lembrei do sonho da eternidade. Do que produz esperança no coração daqueles que esperam a glória da vida futura, que ultrapassa qualquer medida de sofrimento: a certeza de que se nossos corpos forem destruídos nessa vida (2Co 5:1), seremos glorificados na eternidade e ausentes no corpo estaremos presentes no Senhor!

Lembrei de uma das citações do Rev. Richard Wurbrand, que passou 14 anos preso, sendo torturado em sua terra natal, a Romênia, durante o regime dos comunistas. Ele diz em seu livro "Torturado por amor à Cristo" algo que ilustra de maneira tão graciosa a esperança da eternidade:

"Havia ao meu redor homens como Jó, alguns muito mais afligidos do que ele. Eu, porém sabia o fim da história de Jó, como recebeu em dobro tudo o que tivera antes. Tinha ao meu redor outros, como o mendigo Lázaro, famintos e cheios de úlceras. Mas eu sabia que os anjos os levariam ao seio de Abraão. Eu os via como seriam no futuro. Podia ver, no mártir moribundo, sujo e frágil perto de mim, o santo que, logo mais, seria esplendidamente coroado."

O que nos move nessa vida, o que não nos deixa olhar para trás, é a fé, a certeza de viver pela obra redentora de Deus. Ter em mente a eternidade e a convicção de que absolutamente nada que possamos viver nessa vida pode se comparar com aquilo que Deus preparou para aqueles que o amam, para aqueles que irão desfrutar de Sua presença, nos faz ter o anseio de sermos transformados em uma morada perfeita. Não se acomode com o templo construídos por mãos, deseje através do templo que você é, levar o evangelho para além dos bancos e paredes que nos deixam confortáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário